Brumadinho – MG 💔🙏🏼

🇬🇧 🇧🇷 🤝 é em tempos de guerra. De luto. De angústia. De caos… que se faz um irmão.”

No link, https://www.facebook.com/151274568227715/posts/2239467532741731/
temos acesso a mensagem oficial da Rainha Elizabeth ao BRASIL.

É uma mensagem simples e partilho justamente por carregar vínculos de ambos lados culturais (Brasil e Inglaterra).

Ao acompanhar o desenrolar da nossa triste situação em Brumadinho, criei este texto em reflexão, para análise da alma e mente:

A mensagem da Rainha Elizabeth é direcionada ao nosso novo eleito presidente, Jair Bolsonaro. Porém, interpreto essa mensagem de solidariedade diretamente para o Brasil. Sim. Essa dor é coletiva. A dor de Brumadinho representa os de fora, os de dentro. Os que não nasceram. Os que iam nascer. Os que estavam crescendo em vida. Os sonhos soterrados. As conquistas esquecidas. O último abraço. A última mensagem de texto. A última ligação. O último piscar de olhos. A última brincadeira. A última refeição. A última e desesperada tentativa pra pegar um fôlego, dos que foram sem saber que se foram e porquê se foram.

Absolutamente nada trará de volta TUDO que se foi, e TODOS que ali habitavam. As histórias que ali existiam, que de forma cruel e inesperada, se findaram.

Ninguém merece tamanho sofrimento.

Mas que possamos nesse momento, reconhecer que não somos melhores que ninguém. O momento nos chama para o pó. Para o chão. Lama. Barro. Tudo que ali existia tornou-se uma mistura só. O momento nos convida a soterrarmos nosso ego, achismo, esse peso e rancor, essa necessidade de brigar de forma indireta apontando escolhas políticas, condenando pessoas como se fossemos juízes. O momento nos chama a descer ao nível mais baixo da nossa capacidade humana: nos colocarmos no lugar daqueles que se foram. Dos que sobreviveram – o que farão para retomar suas vidas? O momento nos chama como UM POVO. Assim como o sofrimento que inundou aquele lugar, tudo se tornou UMA coisa só.

E aceitando esse convite, essa chamada, essa proposta humana, provaremos de forma nobre, que o mínimo é o máximo perante os que choram. E seremos nobres diante do Justo.

Que o sofrimento alheio seja o nosso sofrimento, afinal, estamos todos sujeitos a fins como este. E não somos melhores por vivermos HOJE ou, pela posição social que vivemos. Ou pela ideologia política que seguimos e muito menos por vivermos em lugares geograficamente distantes. Estamos todos sujeitos à tribulações. Perdas irreparáveis.

É um paralelo complexo e desafiante de se pensar. Estamos acostumados a tocar as nossas vidas, viver no nosso conforto. Contar com nossos planos. Seguir nossas ideologias. Andar com quem escolhemos. Comer o que nos agrada. Vestir o que nos “representa”. Nos tornamos nossos próprios deuses aqui na terra. Condenamos. Fazemos descaso. Debatemos com muita força e quando vencemos com a última palavra, nos sentimos maravilhosamente bem. É preocupante. O nosso ego tem nos cegado de forma desumana. Perdemos nossa essência, esquecemos que viemos do pó.

Mas na vida (e em vida), devemos aprender que o crescimento não vem de cima, e sim de baixo. É preciso se diminuir para crescer.

Shalom a todos. Orem por Brumadinho. Pelo Brasil. Pelo mundo. Precisamos de Paz e sabemos onde encontrá-la.

Ticiele de Camargo ©️ 1 Fevereiro 2019.

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